Estou com alguns clientes na minha agência de marketing digital, onde fazemos a gestão de tráfego pago para eles, e neste artigo decidi trazer como eu faço a validação de criativos e públicos para essa galera.
Antes de mais nada, estou digitando esse texto escutando old songs but it’s lofi remix no YouTube, que é basicamente músicas antigas no estilo de lofi. Muito bom de ouvir.
Bem, antes de qualquer coisa, eu sempre busco definir uma frequência de atualização de criativos, no sentido de “a cada x tempo, y novos criativos devem ser criados e enviados para teste”.
Um outro ponto que acho importante trazer é em relação ao acompanhamento das vendas. Se o seu cliente é 100% WhatsApp, talvez você tenha um pouco de dificuldade em validar os resultados. Afinal, não é possível (até o momento) mensurar uma venda que foi conversada no WhatsApp do cliente. Então, como saber de onde veio?
Descobrindo o público-origem do lead
Saber a origem da venda é fundamental para a etapa de validação de públicos. Sem essa informação você não sabe se está valendo a pena pagar mais caro no Custo/Conversão de um público.
Até porque, como sabemos, em média é mais caro anunciar para um público segmentado que um público aberto. – Fonte: vozes da minha cabeça e campanhas que já rodei.
Então, como faço a mensuração com meus clientes de WhatsApp? Resumidamente, crio uma landing page intermediária, onde todo usuário deixa o nome e telefone antes de ter acesso direto ao WhatsApp.
– “Mas Gabriel, isso vai diminuir a performance dos anúncios, não? Já que estará adicionando mais uma etapa no processo.”
Talvez aumente um pouco sim, mas desde que seja uma landing page simples, bem direcionada, o usuário vai entrar em contato facilmente. E o melhor: esse custo a mais vai valer a pena no longo prazo.
Exemplo de landing page intermediária que temos por aqui:
O usuário preenche as informações, clica no botão e é redirecionado para uma página chamada “redirecionar”, que computa a conversão com o código do Facebook Pixel e do Google Ads Conversion Tracker, e então, em menos de 5 segundos, redireciona o usuário finalmente para o link do WhatsApp.
Parece complexo, muitos passos, mas funciona. Acredite.
E por último, mas não menos importante, e de gigantesca relevância: adicionar as tags UTM na sua campanha, para conseguir saber de exatamente qual CONJUNTO DE ANÚNCIOS o lead veio.
Lembre-se de fazer um levantamento com seu cliente sobre as vendas
Como está enviando para o WhatsApp, é de suma importância que o seu cliente (ou algum funcionário) aponte para você o número das pessoas que compraram (número de telefone). Seja em um relatório semanal ou mensal. É importante!
Sua maior dificuldade vai ser fazer o seu cliente lembrar de fazer isso. Mas tem que ficar junto dele cobrando e reforçando a importância, beleza?
Agora sim, hora da estrutura das campanhas
No Facebook Ads (ou Meta Ads, chame como quiser), a primeira campanha que crio é uma campanha de Conversão, CBO (Orçamento a nível de campanha). Dentro dessa campanha, crio vários conjuntos de anúncio com segmentação igual, onde iremos colocar criativos diferentes dentro de cada um.
É a famosa estrutura 1x3x3. Uma campanha, três conjuntos de anúncios e 3 anúncios em cada um. No meu caso, cada conjunto eu destino para um tipo de criativo: Imagens simples, Carrosséis, Vídeos.
Criada a campanha, subo para rodar, acompanho por uma semana e então crio a nossa próxima campanha: a Campanha de Validação de Públicos.
Campanha de Validação de Públicos
Agora que sabemos quais são os criativos com melhor resultado em termos de CTR no Link e também em termos de conversões geradas, é hora de “mover” tais criativos para a campanha de validação de públicos.
Então, pense comigo: temos os melhores criativos, já testados e validados. Agora, vamos usá-los para encontrar os melhores públicos também!
– “Mas Gabriel, e se eu quiser testar um criativo ESPECÍFICO para um público ESPECÍFICO? Por exemplo, falando sobre benefícios de academia para quem tem interesse em FITNESS?”
Aí meu amigo, é outra estrutura que você deve trabalhar. Essa aqui é para delivery de coisas que normalmente todo mundo compra: comidas e bebidas.
Então, próxima campanha, também com objetivo de Conversão, otimizada para o evento de Contato configurado na landing page anteriormente, no formato ABO.
Por que ABO? Porque queremos que o Facebook entregue a mesma verba para todos os públicos. Se deixarmos CBO, ele vai escolher um público só e ignorar o restante.
CC = Criativo Campeão.
Note que: cada conjunto de anúncios agora tem um público diferente: seja ele público de interesses, Lookalike, público quente, etc. TESTE!
Além disso, selecionei os 3 criativos campeões da campanha de validação de criativos e coloquei eles dentro de 3 públicos diferentes. São os mesmos 3 criativos. Beleza?
SE você tiver verba suficiente, pode separar esses público de acordo com o tipo da mídia também.
Como eu mantenho as campanhas em alta performance?
Depois da estrutura montada e criativos validados, a gente continua abastecendo a “fogueira” da campanha de validação de criativos, subindo semanalmente (e dependendo da verba, a cada 3 dias) novos criativos.
Esse “reabastecimento” vai permitir descobrirmos criativos cada vez melhores.
Em paralelo, vamos pegando esses criativos “cada vez melhores” que a campanha 1 gerou e “jogando” para a campanha 2, criando novos conjuntos para testá-los separadamente dos que já estão rodando.
E, é claro, se um conjunto da campanha 2 já não estiver tão bom, vamos pausando e subindo outros conjuntos com outros criativos no lugar.
Agora entra o seu feeling de Gestor e a análise das métricas primárias e secundárias, para entender se o problema é o público ou o criativo.
Concluindo…
Claro, existem várias outras coisas que você pode aplicar, e várias outras coisas que eu aplico aqui internamente, mas que é quase impossível passar para você através de um texto.
Mas, vai testando, tenho certeza de que pode funcionar para você.
Finalizo esse artigo ouvindo “If The Weeknd made lofi hip hop radio” que o YouTube tocou de forma extremamente aleatório, mas que curti.
Respostas de 3
Ótimo artigo, parabéns 😀
Interessante metodologia, mas na primeira campanha não seria melhor fazer ABO? pois no CBO não teria uma tendencia do algoritmo a entregar mais certos tipos de conteúdo que as vezes não é o que mais vai converter? Ou o objetivo é pegar mesmo o que a plataforma entende como mais relevante?
Opa Angelo, tudo certo?! Então, eu entendo que a primeira campanha que é a de validação de criativos, ao menos no começo, vale a pena escolher CBO, assim o Facebook entregaria pra gente quais os melhores criativos de forma mais rápida e com menos gasto (em tese). Não sei se fez sentido pra ti, mas na minha cabeça fez kkkk. Abraços!